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BRILHANTE

A lapidação brilhante redondo é o mais famoso e amplamente reconhecido, com 57 ou 58 facetas (quando incluída a culaça), projetadas para maximizar o desempenho óptico da pedra.

Proporções ideais

As proporções de um diamante referem-se às relações entre diferentes partes da gema — como a profundidade total, o diâmetro da mesa, a altura da coroa e a profundidade do pavilhão. Quando essas proporções estão dentro de parâmetros ideais, a luz entra pelo topo da pedra, reflete pelas facetas internas e retorna ao olho do observador, criando o brilho característico de um diamante bem lapidado.

Simetria e polimento

Além das proporções, o GIA avalia a simetria e o polimento como componentes da lapidação:

• Simetria: Refere-se à regularidade e alinhamento das facetas. Assimetrias podem causar desvios de luz, prejudicando o desempenho óptico.

• Polimento: Avalia o acabamento das superfícies facetadas. Arranhões, marcas de polimento ou linhas visíveis podem afetar a aparência da gema.

Classificações de corte

Para diamantes redondos brilhantes, o GIA utiliza uma escala de cinco categorias para corte:


Essa classificação leva em consideração um conjunto de medidas que incluem proporções, simetria e polimento. Para outros formatos (fancy shapes), como princesa, esmeralda, oval ou pera, não há uma nota padronizada de corte pelo GIA, mas as características ainda são avaliadas por profissionais qualificados Partes Principais do diamante lapidado:

• Coroa (Crown): Parte superior da gema, acima do rondiz. Contém facetas que ajudam a dispersar a luz.

• Rondiz (Girdle): Faixa que separa a coroa do pavilhão.

• Pavilhão (Pavilion): Parte inferior da gema, que canaliza a luz para refletir de volta ao observador. 

• Culaça (Culet): Extremidade inferior do pavilhão. Pode ser pontiaguda ou apresentar uma pequena faceta.

Facetas da Coroa

• Mesa (Table): Maior faceta, no topo da pedra.

• Facetas Estrela (Star Facets): Triangulares, ao redor da mesa.

• Facetas Pipa (Bezel Facets): Entre as estrelas e o rondiz.

• Facetas do Rondiz da Coroa (Upper Girdle Facets): Circundam o rondiz. Facetas do Pavilhão

• Facetas do Rondiz do Pavilhão (Lower Girdle Facets): Estendem-se até a culaça.

• Facetas Inferiores do Pavilhão (Lower Main Facets): Entre as principais facetas do pavilhão.

Cada faceta é cuidadosamente posicionada para maximizar a reflexão e refração da luz, criando o brilho característico dos diamantes.



Fases de Lapidação de um Brilhante Redondo

O processo de lapidação de um diamante brilhante redondo envolve uma sequência precisa de etapas, cada qual desempenhando um papel fundamental na definição do desempenho óptico e valor da gema:

• Planejamento (Planning): A primeira etapa utiliza tecnologias como mapeamento 3D e tomografia para analisar o bruto e definir o melhor aproveitamento em termos de rendimento e estética.

• Clivagem ou Serragem (Cleaving/Sawing): O diamante bruto é dividido, se necessário, usando serra a laser ou técnicas tradicionais, separando partes que possam ser melhor aproveitadas individualmente.

• Brutagem (Bruting): Também chamada de "rounding", é o momento em que a forma circular começa a ser moldada. Dois cristais são friccionados um contra o outro, ou se usa uma máquina automatizada para dar contorno redondo à pedra.

• Facetamento Inicial (Blocking): As facetas principais são criadas: mesa, coroa, pavilhão e culaça. Essa etapa define a estrutura básica da pedra e é geralmente realizada por lapidários experientes.

• Facetamento Final (Brillianteering): As facetas restantes são adicionadas, completando o total de 57 ou 58 (com culaça). Essa etapa exige altíssimo nível de precisão para garantir simetria, proporção e maximização da luz.

• Polimento e Inspeção Final: A gema é cuidadosamente polida e inspecionada para garantir excelência em acabamento, simetria e proporções, assegurando um diamante visualmente impressionante.

Essas etapas, que unem precisão técnica e sensibilidade artística, culminam em um produto final de brilho incomparável. A lapidação é onde arte, ciência e tecnologia se encontram. Desde as primeiras tentativas rudimentares da Idade Média até os lapidações modernos otimizados por softwares, a lapidação é determinante na transformação de um diamante bruto em uma joia de valor estético e financeiro. O planejamento de corte, somado ao domínio das fases do processo e ao conhecimento profundo das formas do bruto, é essencial para alcançar excelência técnica e beleza incomparável.


Fonte: LUCAS NETO, João Carlos de, gemólogo formado pelo GIA (Gemological Institute of America). Manual do diamante

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